quarta-feira, 26 de novembro de 2008

12 errros que mudaram Portugal

Meu querido João, meu querido Rui,
Ai!... Deixem-me, pelo menos por esta vez, brincar com as (vossas) palavras!...
Como disse ontem na sessão - muito agradável! - de lançamento do vosso livro, achei muita piada que me tivessem escrito um e-mail sobre 12 "errros"... Não sei se mais alguém achou ou acha piada a este (eventual) erro (intencional, brincalhão), mas - Olhem... - eu achei piada quando recebi o e-mail e, no momento em que escrevo este e-mail, continuo a achar piada. Tenho direito a essa liberdade pessoal, mesmo que indicadora de duvidosa qualidade estética ou de vigor de inteligência...
Os vossos textos não são ensaios históricos que pressupõem critérios de exigência científica rigorosos e condicionadores. Os vossos textos, parece-me que são filhos do vosso muito pessoal prazer de pensar e do prazer de brincar com as palavras. Que é o que eu recordo muito claramente das aulas que comigo tiveram há alguns anos na Eça de Queirós.
Como se dizia antes desse tempo, durante esse tempo, e depois desse tempo, "a brincar a brincar, é que o macaco..." vocês sabem o resto, não preciso de acrescentar.
Pois é, a brincar a brincar é que vocês nos proporcionam um trabalho sério, que desperta a curiosidade sobre temas da Cultura (e da Identidade) Portuguesa; se oferece como um estímulo para a actividade cognitiva que desenvolve e expande a inteligência; é um prazer para audição interna, que ressoa quase quinestesicamente, na mente e no corpo de cada um de nós, a musicalidade das palavras; e, finalmente (por agora...) oferece-se para cavaqueiras abertas que consolidam a sociabilidade saudável.
No universo das actividades em que vocês se movem (a escrita e a "versão pessoal" de acontecimentos históricos) os erros (estou agora a falar do que possam ser os erros factuais nos vossos textos) não são graves. Repito, o vosso trabalho não é uma tese, ou um conjunto de teses, devidamente demonstrada(s). Eu posso estar em minha casa, sentadinho comodamente à frente do computador, com a minha bebida preferida para essa circunstância, bem ali à mão de semear, e despedaçar, num jogo de palavras, o Planete, ou mesmo o Universo. E depois do Universo completamente estilhaçado, vou jantar, ver televisão, ou aconchegar a roupa da cama aos rebentos que tenho lá em casa e para quem desejo um mundo melhor do que este que existe agora.
Os erros, neste caso, valem por aquilo que deles se fizer. E, no vosso caso, os erros, quaisquer que eles sejam, pela maneira como estão escritos, são sobretudo energia que alimenta a inteligência pessoal e promove a discussão - prazerosa, agradável - com os outros. E toda a gente sabe o que é que nasce da discussão.
Nos grupos etários a que vocês já pertenceram, e que são os que se continuam a juntar na escola que já frequentaram e onde eu ainda me mantenham,tudo o que disse antes é amplificado e redobra de importância. 
Não há professor que não queira ter alunos que tenham prazer em ler, curiosidade em saber e vontade de discutir.
Os alunos da Eça precisam de conhecer o vosso livro... apresentado e lido pelos próprios autores. Num destes dias, um aluno da escola, que teve TIC comigo há dois anos atrás, o Nuno Cardoso, veio a correr ao meu encontro, quando eu entrava na Escola e convidou-me a ir visitar o Clube de Leitura. Fazer o quê?, perguntei-lhe. Nada, respondeu ele, só ler connosco.
Caro João, caro Rui, o tanto que pode estar neste nada!...
Posso combinar com eles aparecer lá um dia convosco para todos lermos o vosso livro? Faço já um aviso: tenho uma costela igual a Sebastião da Gama, sou também capaz de sentir inveja da leitura agradável feita por um aluno e por isso lhe roubar o livro da mão e pôr-me eu a ler.
Como é, vale esta proposta?...
Só mais uma coisa, como disse ontem já a desoras, no e-mail apressado que mandei para o João, foi um prazer e um orgulho muito grande estar convosco ontem, no que terá sido uma das maiores homenagens do dia ao Patrono da Escola. Como tenho repetido muitas vezes nos últimos tempos, uma árvore conhece-se pelos seus frutos.
Um grande abraço de parabéns também ao Ricardo Cabral. Que fez um trabalho que é vale nas imagens tudo o que antes disse para as palavras. Magníficas! E que gostaria de ver convosco no Clube de Leitura da Escola. 
Num próximo apontamento neste blogue, que quero escrever ainda hoje, quero apresentar-vos; e também o vosso blogue. Será que me podem mandar as vossas fotografias, tipo passe? Dos três, claro!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Mais Um!

Pois é. Quando o 12.º ano começou soube logo que o ano lectivo vai passar muito rápido e que vou ter saudades da E.S. Eça de Queirós, mesmo que a vida me leve a outras salas de aulas. É verdade, tenho saudades da Eça; tenho saudades dos colegas ou melhor do meu colega, pois no ultimo ano foi só um. Tenho saudades daquelas aulas, logo às 8:20, nas quais às vezes os professores faltavam :) , ou daqueles intervalos de 5 minutos durante os quais podíamos relaxar e esquecer por um instante a matéria.
Tenho saudades das aulas de apoio de Matematica.

Não quero ofender ninguém, mas os melhores amigos que um aluno pode ter são os professores. Sempre que procurei ajuda, a encontrei na E.S.E.Q.
E.S.E.Q para mim foi uma experiência que me preparou para toda a vida.
Agora estando noutras salas de aulas, digo-vos a vocês, alunos da E.S.E.Q, aproveitam todas as aulas e intervalos como se fossem os últimos na escola, pois o tempo voa e não volta atrás.

Um abraço a todos !